ABAIXO A DITADURA E OS PELEGOS,
A MELHOR CHAPA É A 3


ELEIÇÕES DA CASSI – MANIFESTO E POSIÇÃO DA AUCA A FAVOR DA
CHAPA 3 – HUMBERTO ALMEIDA

 

Este texto vai iniciar com um relato:
Em 2005, no Hotel Kubitscheck (DF), acontecia um dos muitos eventos que a ANABB promove e, com o dinheiro dos associado-contribuintes, traz uma infinidade de lideranças do país para hotéis em Brasília, com direito a tratamento VIP, despesas pagas, muitas reverências e, dizem alguns, sedução de consciências. Num dos painéis voltados a cobrar do BB um posicionamento sobre a CASSI, o então “golden boy” dos representantes do Banco do Brasil, Sr. Carlos Neri, proferiu a célebre frase “O problema da CASSI é sua gestão”. Tendo provocado reações pouco simpáticas na platéia, composta por representantes de aposentados, entidades sindicais e conselhos de usuários, o jovem executivo lançou um olhar enigmático para todos e, com aquela “humildade” que lhe é peculiar, pareceu querer dizer: “ Vocês ainda irão me dar razão, seus desinformados.” Guardem este episódio.
Se o título e o parágrafo acima parecerem estranhos ao seu primeiro olhar, caríssimos, acreditem que será só momentâneo. Pois logo soarão familiares. Vão por mim.

Algumas lições de história:
1) Josef Goebbels, na segunda guerra mundial, construiu uma máquina publicitária impecável para a Alemanha da época, que seduziu multidões, garantindo uma vida longa a um regime massacrante, autoritário e covarde, que deu poder a muitos medíocres. A ele foi atribuída uma máxima: “Uma mentira, muitas vezes repetidas, acaba por tornar-se verdade”.
2) Nero, na antiga Roma, foi um imperador que assumiu e iniciou seu mandato passando imagem de bom administrador; porém, quanto mais poder acumulou, mais foi temendo qualquer um que se aproximasse dele e mais foi arranjando culpados para condenar e executar, buscando livrar-se sempre da imagem de envolvimento com os males da época, como o próprio incêndio de Roma, para o qual atribuiu culpa aos cristãos e os perseguiu. Ao final, acusou sua mãe e Sêneca, seu conselheiro, de traição, condenando-os também à morte.
Outras lições de história bem mais recentes:
1) Desde que experimentou o poder na CASSI, a gula do time da ANABB só cresceu; e a cada pleito eleitoral pratica o princípio da repetição de uma idéia – não importa se irreal/falsa – até que ela seja aceita como verdade. Em 1997 e 1998, viabilizou o “racha”, até hoje não recuperado, do movimento sindical, promovendo um julgamento público – em seu auditório – dos eleitos da CASSI de 1996, acusando-os de traírem o estatuto, e fazendo crer ao público presente que nada tinham a ver com aqueles gestores. Mas já naquele tempo ela participava da gestão da CASSI, com o conselheiro Romildo e o diretor Milton May, conhecido como Alemão. A acusação, obviamente, era uma galhofa, mas que teve apelo suficiente para que o senso comum achasse que a ANABB era oposição na CASSI. Isso garantiu a eles espaço na chapa de oposição eleita em 1998 para a Caixa de Assistência, exatamente com o Douglas Scortegagna no Conselho Fiscal.

2) Em 2000 montaram a chapa Viva CASSI, lançando para Diretor o Sr. José Antônio Diniz, e de novo renegando a participação pregressa do grupo na CASSI, dizendo-se oposição a tudo o que era decidido na entidade, mesmo tendo lá dentro o Romildo no Conselho Deliberativo, o qual foi até presidido por ele durante um período. De novo, o senso comum engoliu a história, tamanha a insistência nos meios de comunicação de que eles eram a promessa de algo novo, técnico, bom e apolítico. Nesta chapa, também estava a Graça Machado, que iniciou seu primeiro mandato de Presidente do Conselho Deliberativo da CASSI. Foi nessa eleição, há dez anos, que prometeram o Plano Odontológico. E foi nesse mandato que aprovaram e iniciaram a controversa centralização dos pagamentos da CASSI a seus credenciados, bem como o esvaziamento dos poderes das unidades CASSI e de seus gerentes. Tudo isto, para acontecer, precisou ter o aval da Senhora Presidente do Conselho, Graça Machado.


3) Em 2002, lançaram a diretor o Romildo, agora apresentado novamente como do grupo da ANABB. Mas o movimento sindical havia buscado superar o racha alimentado pelo Sr. Valmir Camilo desde 1997 e, assim, numa eleição apertada, o “time da ANABB” perdeu. Nos dois anos seguintes, repetiu sem cessar em seus jornais que o dirigente eleito não tinha qualidades, que estava partidarizando a CASSI, que a eleição foi vencida graças às baixarias do Movimento Sindical, e assim por diante. Mas o dirigente, na verdade reeleito, havia sido apoiado por eles em 1998, quando lhes interessou alimentar o racha do movimento sindical. Aliás, o mesmo Douglas que hoje dirige impropérios às duas gestões do Sr. Lessivan, participou da primeira, quando então dizia que quem não prestava era a corrente sindical à qual hoje está aliado - à exceção do Sindicato dos Bancários de Brasília -, juntamente com dona Graça e o time da ANABB.

4) Em 2004 saem aliados ao movimento sindical que combateram e reelegem Diniz, na chapa CASSI Para Todos (ou seria Para Tolos?). Na campanha, espalharam muito material, mesmo sendo chapa única, afirmando ad infinitum que a Estratégia de Saúde da Família – na verdade construída na Diretoria que perderam – só existia implantada graças ao Diniz, que era de outra Diretoria, a que deveria cuidar da Rede de Credenciados. À época, pareceu um despropósito gastar tanto dinheiro com impressos afirmando algo irreal, ainda mais numa eleição que só tinha uma chapa.


5) Em 2006, tudo ficou claro: lançaram a chapa CASSI Merece Respeito, dizendo ser oposição à gestão da CASSI (??!!) e acusando a Diretoria de Saúde – a que estava em disputa e não era ocupada por alguém do “time” ainda – de ser a responsável pelos descredenciamentos, de não resolver nada sobre credenciamento de nutricionista (atribuições da outra diretoria, que já estava com eles) e de ter feito a centralização do processo e decisões na CASSI (como se não tivesse sido proposta conduzida e aprovada por eles, quando do mandato da chapa de 2000, a “Viva CASSI”). Uma vez que todos os eleitores tinham comprado a versão infinitamente repetida em 2004 de que o anabbiano Diniz era o pai e “desengavetador” da Estratégia de Saúde da Família, ficou fácil acreditar que o Lessivan (diretor de saúde) era o responsável pelas falhas da gestão do Diniz. Também repetiram nessa eleição, por milhares de vezes, que como eram oposição e não tinham ligações com a gestão do BB, teriam a independência para cobrar dele o Plano Odontológico (aquele mesmo plano que já tinham prometido seis anos antes). Os eleitores compraram a tese e votaram nessa “oposição”, dando finalmente ao time da ANABB controle simultâneo de todas as diretorias eleitas da CASSI.

6) Em 2007, os “independentes e oposicionistas” da ANABB já estavam em lua-de-mel com a direção do BB (se é que algum dia deixaram de estar) e conseguiram que Carlos Neri (guardem este nome) assumisse a presidência da CASSI como indicado do Banco do Brasil. A partir daí, começa um massacre dentro da CASSI, com perseguição, eliminação, humilhação e demissão de todos os que se colocassem no caminho de dona Graça Machado, Douglas Scortegagna, do Sr. Neri ou de qualquer interesse do “time” da ANABB. E para nunca parecer o que realmente foi, sempre se demitia e humilhava alguns “extras”, que em nada incomodavam a gestão de pensamento único instituída, apenas para diluir o real foco. Baixas de guerra. “Nada pessoal, só negócios.” Também dessa feita, os jornais da ANABB e seus editoriais virtuais repetiram ad nauseaum que estavam retirando da CASSI pessoas que cometiam irregularidades, maus profissionais e gente sem competência. Até hoje, em muitos lugares, essas pessoas ficaram marcadas. O Sr. Neri – já apelidado, a essas alturas, de Nero – dispunha-se, inclusive, a expulsar e condenar antigos aliados e pessoas que até então o tinham servido adequadamente.

7) A Auditoria Interna, criada na CASSI com subordinação ao seu Conselho Deliberativo, mais parecia uma autêntica GESTAPO pessoal de Neri e Graça Machado, lançada sobre adversários, pessoas que ocupavam cargos cobiçados por algum compadre, ou profissionais que ficassem em seu caminho. Ou apenas para ilustrar aos gerentes que reações não seriam aceitas.


8) Sem adversários ou obstáculos, começaram os desrespeitos ao estatuto, coisa que em 1997 diziam abominar. Contrataram, para conduzir os agora longos e ineficientes processos seletivos da CASSI, empresa comandada por amiga pessoal da presidente Graça Machado. Contrataram, para o cargo de Secretária Executiva (com salário de um RF 3 do BB), fora dos parâmetros instituídos, amiga pessoal do Sr. Neri. Um diretor indicado pela ANABB, no final de seu mandato, mal comparecia ao expediente (dizem que só era visto uma vez por semana), pois freqüentava pós-graduação no horário de trabalho, preparando-se para lançar sua consultoria quando deixasse o cargo. Quanto ao Douglas Scortegagna, que adora acusar os outros de perdulários (CassiTur etc.), foi passear na França e na Inglaterra à custa da CASSI, junto com o Neri, alegando que era necessário para estudar as melhores soluções em gestão de saúde para CASSI. No mesmo período, tinha mandado demitir auxiliares de enfermagem e nutricionistas sob a alegação de que era preciso conter gastos. Detalhe adicional: a França ainda é um contra-exemplo em gestão de sistema de saúde quanto à racionalidade e resolutividade. Vai ver, a idéia era aprender o que não se deve fazer na gestão... Outro detalhe adicional: No mesmo período, ocorria congresso internacional de gestão em saúde e atenção primária em Brasília, para o qual ambos tinham credenciais para participar sem nenhum custo. No evento, estavam as maiores autoridades mundiais sobre o assunto e, até mesmo, os ministros da saúde dos dois países gloriosamente visitados pelos doutos gestores da CASSI.

9) A parte de tudo isso, poder-se-ia ainda pensar, a exemplo do que buscam contra-argumentar algum historiadores no que se refere a Alemanha e Roma, que ao menos houve avanços e que a administração, mesmo com estes pecados, fez a gestão e a comunidade avançarem, fortalecendo a entidade.


10) Mas não: Há um escândalo na centralização de pagamentos, quando mais de R$ 40 milhões em contas se acumulam – entre glosas pouco ou nada fundamentadas e faturas “esquecidas” desde, pelo menos, 2007, curiosamente o ano em que saíram gritando para contar que, graças a gestão do “time”, a CASSI estava novamente superavitária. Se por incompetência ou má fé, ainda há discussão e investigação ocorrendo. Mas qualquer das duas conclusões condena a imagem da CASSI perante os prestadores de serviço e o setor de saúde do País.

11) Mas o “bom fruto” já foi colhido: Com a história do superávit, a ANABB renovou sua permanência na Diretoria de Planos de Saúde elegendo sua chapa em 2008, escudada no discurso da competência sobre as contas. E o Sr. Neri já conseguiu uma diretoria no BB.


12) Os R$ 300 milhões que o BB se comprometeu, sob contrato, de passar a CASSI para investir em serviços próprios de saúde – onde se supunha estar incluída uma política de RH decente para as equipes de saúde – está sendo usado para comprar computadores e outras tecnologias, voltados para atividades de regulação e não de assistência. A despeito do que está assumido em contrato. E a despeito do que disseram por todo o país, quando pediram nosso voto para a reforma estatutária de 2007.

13) O Plano Odontológico (prometido por eles nas campanhas de 2000, 2004, 2006 e 2008) não saiu.

14) Apesar da agilização do 0800 (Central de Atendimento CASSI), mais procedimentos tem sido negados.

15) Tivemos casos polêmicos de mortes e agravamentos de saúde atribuídos e negligência e burocracia.

16) Apesar do propalado superávit, os prestadores estão recebendo em atraso, ou mesmo deixando de receber. O estrago à imagem da CASSI já está feito.

17) O BB mandou trocar todos os seus representantes, chocado com o relatório recebido sobre a situação dos pagamentos.

Assim, voltamos ao começo do texto, para extrair duas reflexões:

1) Cinco anos depois, o Sr. Neri conseguiu provar sua tese: o problema da CASSI é a sua gestão. Gestão conduzida pelo próprio Sr. Neri e pelo “time” da ANABB, que apesar de se dizer oposição desde 1998 e de também acusar a gestão da CASSI, faz parte dela há mais de dez anos. E hoje é o pensamento único hegemônico no governo central da entidade.

2) Novamente estamos em período eleitoral, e a anabbiana chapa 1 “Unidos pela CASSI” – próprio seria chamá-la “Unidos pela Anabb” - sai por aí dizendo que não é responsável pelos atuais problemas de gestão e que não tinha governabilidade sobre eles, mas que agora terá se for eleita. Ou seja, mais uma vez tenta dizer que não é gestão, não é situação. E irá repetir isto até que acreditemos outra vez.

Ficam, então, as perguntas:

VAMOS NOS DISPOR A ACREDITAR OUTRA VEZ NO “TIME DA ANABB?

VAMOS ENGOLIR A VERSÃO GOEBBELIANA DE QUE O QUE ESTÁ FORA DO “TIME” DA ANABB É O MAL E QUE SÓ HÁ BEM NO “TIME” DA ANABB?

E, SE TOPARMOS FAZER ISTO, SEREMOS CAPAZES DE MAIS UMA VEZ DIZER, QUANDO TUDO DER ERRADO DE NOVO, QUE NÃO SABÍAMOS O QUE ESTÁVAMOS FAZENDO?

VOTO TEM E SEMPRE TERÁ CONSEQUÊNCIA!

AFASTEM-SE DA CHAPA 1.

QUEBREM ESSA CADEIA QUE REMONTA A FATOS SOMBRIOS DE NOSSA HISTÓRIA!

A AUCA, FIEL AOS IDEAIS DA SUA CRIAÇÃO – DEFESA DAS CAUSAS, DAS COISAS E DA PERENIDADE CASSI, BEM COMO A DEFESA INTRANSIGENTE DOS JUSTOS INTERESSES, DIREITOS, EXPECTATIVAS E DE UMA REGULAÇÃO MAIS HUMANA E PRÓXIMA DOS ASSOCIADOS/USUÁRIOS, ALÉM DE EXIGIR A IMPLANTAÇÃO DO NOSSO PLANO ODONTOLÓGICO, VOTA E INDICA O VOTO NA CHAPA 3 (HUMBERTO ALMEIDA).




AUCA
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS USUÁRIOS DA CASSI
Coordenador Geral

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